Mulheres Advogadas

29 de agosto de 2024 - quinta

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Roda de conversa realizada no Mês do Orgulho LGBTI+ no escritório Lobo de Rizzo. (Foto: Divulgação)


A representatividade de gênero e racial nos escritórios de advocacia deixou de ser um tema pautado apenas em meses comemorativos para tornar-se um pilar de gestão. Maria Costa Neves Machado, advogada e sócia do escritório Lobo de Rizzo, que recebeu a certificação ouro no Selo Promove Mulheres Advogadas, falou sobre as ações desenvolvidas pelo escritório que reforçam as equidades no ambiente de trabalho.

Saiba mais sobre a premiação do Selo Promove Mulheres Advogadas

O Selo Promove Mulheres Advogadas, iniciativa inédita da OAB SP liderada pela secretária-geral adjunta da Secional paulista, Dione Almeida, premiou 19 escritórios de advocacia paulistas em sua primeira edição. A proposta tem como objetivo tornar o programa uma atividade permanente da instituição, valorizando a permanência e atuação de gênero e racial nas bancas paulistas.

Maria Costa Neves Machado, advogada e sócia do escritório Lobo de Rizzo. (Foto: Divulgação)

“No Lobo de Rizzo, temos diversas ações que reforçam o nosso compromisso para tornar nosso escritório mais diverso e equânime”, ressalta a sócia do escritório. Algumas das atividades que reforçam o comprometimento do escritório são a composição do Comitê Executivo com 50% de mulheres; licença parental de seis meses para gestantes e primeiro cuidador e 30 dias para não gestantes e segundo cuidador; a realização de treinamentos e rodas de conversa com os temas Inclusão e Diversidade para todos, incluindo treinamentos específicos aos gestores do time de Recursos Humanos, com a finalidade de promoverem entrevistas mais inclusivas; a flexibilização da regra do presencial para pais e mães com crianças de até um ano, e o banco de talentos exclusivo para pessoas negras e pessoas com deficiência.

Segundo a advogada, a implementação da área de Diversidade e Inclusão no Lobo de Rizzo fez com que o tema ganhasse ainda mais força no escritório, apesar de esse já ser um foco de atuação do grupo. “No caminho que temos trilhado ao longo dos últimos anos, notamos o engajamento do nosso público interno com os temas de diversidade e inclusão no escritório. Isso tem sido fundamental na construção de um ambiente equânime e cada vez mais seguro para todas as pessoas”, comenta.

Caminhos para a equidade

O retrato apresentado pela banca do Lobo de Rizzo se enquadra nos 47% dos escritórios que possuem uma estruturação de Diversidade e Inclusão, de acordo com dados divulgados na quarta edição da pesquisa “Análise Advocacia Diversidade e Inclusão”. “Entendemos que esse tema precisa ser tratado de forma estratégica e por todas as pessoas do escritório. Iniciar por um robusto plano de letramento e entender o cenário do escritório, quantitativo e qualitativo, pode ser um ponto de partida para saber as suas prioridades de ação”, destaca Machado, em relação à adoção de tais posturas pelos gestores de escritórios.

Para que essa prática se torne uma rotina no meio jurídico, mais especificamente entre os escritórios, a sócia do Lobo de Rizzo pontua haver ainda um bom caminho a trilhar para alcançar a paridade no setor. “Para que o meio atinja essa equidade, é necessário um ambiente seguro e inclusivo para tais grupos. Além disso, é essencial reconhecer e reforçar as ações que já vem sendo feitas como práticas afirmativas e políticas focadas em desenvolvimento e atração”, comenta a sócia.

Dentre tais políticas, a advogada cita a Aliança Jurídica pela Equidade Racial e de Gênero e a adesão do escritório às coalizões pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas e ao Princípio de Empoderamento das Mulheres, da ONU Mulheres no Pacto Global das Nações Unidas - conjunto de orientações criadas em 2010 para promover, entre outras frentes, a igualdade de gênero e o empoderamento das mulheres.

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