Na ocasião, o presidente do IASP, Renato Silveira, ressaltou que a instituição priorizou a realização do evento, no entendimento da importância de promover discussões e ações contra as desigualdades de gênero e raça. “Temos consciência da necessidade de combater o racismo estrutural que persiste em nossa sociedade”, comentou.

Patrícia Vanzolini utilizou três termos para resumir o cerne da questão do combate ao racismo e à discriminação de gênero no meio jurídico. “É preciso, é difícil, mas é possível”.

A presidente da OAB SP argumentou que é preciso promover a diversidade na área advocatícia, visto que o oposto fere a Constituição, a legislação e os direitos humanos; segundo a dirigente, é difícil, pois há “forças estruturais que agem de forma contrária e elas não podem ser ignoradas” e é necessário fazer com que pessoas e instituições acostumadas a privilégios decidam abrir mão deles para fazer justiça ao conceito de igualdade; e que é sim possível vencer barreiras, quando há vontade e força política para fazer avançar essa pauta.

“Quando um dia conseguirmos construir um mundo justo e equânime seremos todos e todas, vencedores”, concluiu.

Além de Patricia Vanzolini e de Renato Silveira, a mesa de abertura do evento também teve a presença do presidente do IBCCRIM, Renato Stanziola Vieira; do diretor da OAB Pinheiros, Adriano Scalzaretto e de Luanda Pires, que presidiu os trabalhos.

Na sequência, a programação incluiu três mesas de debates dentro dos temas: Ciências Criminais: as mulheres negras como potências na efetivação dos Direitos Humanos; Construindo uma Democracia Antidiscriminatória: Mulheres Negras em Espaços de Poder; e Interseccionalidade: A Construção do Ser para o Direito.

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