Direito Agrário

21 de agosto de 2024 - quarta

Conferência de Direito e Agronegócio: com revolução tecnológica, advocacia será cada vez mais demandada

Avaliação é do presidente da Comissão de Privacidade e Proteção de Dados da OAB SP, Solano de Camargo, durante painel de encerramento do evento

(Foto: Divulgação/OAB SP)

Na captação de recursos, a tecnologia também foi destaque da 1ª Conferência Estadual de Direito e Agronegócio da OAB SP, iniciada na terça-feira (20) e concluída com oito painéis nesta quarta-feira (21). O último painel do evento, realizado em Ribeirão Preto, explorou as últimas inovações tecnológicas no agronegócio, além de analisar como essas novas ferramentas transformam a produtividade e a cadeia de suprimentos no setor. 
Revelou, ainda, todas as questões jurídicas associadas a este cenário que coloca a advocacia, cada vez mais, em destaque no mercado de trabalho. 

O debate foi conduzido pelo presidente da Subseção de Sertãozinho, Ivan Rafael Bueno, e contou com o dirigente da Subseção de Ribeirão Preto, Alexandre Nuti, como relator. As palestras ficaram por conta do presidente da Comissão de Privacidade e Proteção de Dados da Secional paulista, Solano de Camargo; e do CEO e fundador da Um Grau e Meio, Rogério Cavalcante.  

Em seu discurso, Camargo destacou que a população vive uma verdadeira revolução, que é a da inteligência artificial generativa. Paralelo a todas essas inovações tecnológicas, a advocacia será cada vez mais demandada, avalia o especialista. “E isso tudo está acontecendo em todos os ramos econômicos, o que traz, claro, consequências jurídicas”, apontou.

O especialista citou várias tecnologias que já são utilizadas no setor do agronegócio, como a automação e máquinas inteligentes (tratores autônomos e colheitadeiras com inteligência artificial); uso de drones e sensoriamento remoto para monitoramento de plantações e otimização de recursos; uso de Big Data para aprimoramento da produção agrícola, entre outras ferramentas modernas. 

“As novas tecnologias trazem desafios jurídicos. O uso de robôs na indústria, por exemplo, pode gerar questões trabalhistas caso o funcionário que faz o manuseio dessas máquinas se machuque. O Direito, portanto, está diretamente ligado a todas essas inovações tecnológicas em alta no setor do agronegócio”, reforçou Camargo.

Futuro do agronegócio 

Rogério Cavalcante, por sua vez, destacou a urgência de certas implementações tecnológicas para a regulação e expansão do agronegócio no Brasil. Um case de sucesso, desenvolvido pela startup ambiental da qual ele é CEO, foi explorado no âmbito da contenção de danos. 
Trata-se de um método de solução imediata para detecção de focos de incêndios, controlado por meio de câmeras especiais e algoritmo específico. O conjunto, de acordo com ele, é capaz de constatar princípios de incêndio - por meio da fumaça - em menos de três segundos. 

“Dos 17 milhões de hectares que monitoramos atualmente, principalmente no setor da cana-de-açúcar, temos orgulho em dizer que nenhum dos nossos clientes teve problemas com multas ambientais após a instalação do método. Isso quer dizer, para além das questões econômicas e produtivas, que a tecnologia é um elemento de extrema importância para modernizar, evitar queimadas e preparar o agronegócio para o futuro”, ressaltou Cavalcante.

Casa cheia

O evento, encerrado nesta quarta-feira (21) com a palavra de Alexandre Nuti, presidente da Subseção de Ribeirão Preto, reuniu mais de 1 mil pessoas no auditório do Centro de Eventos do Ribeirão Shopping e promoveu oito painéis de debate. ”Não há forma mais digna de encerrar essa Conferência do que afirmar que a OAB SP está semeando cultura e colhendo resultados”, finalizou.

Assista ao painel, na íntegra, no Canal do YouTube da OAB SP. 

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