Política Criminal e Penitenciária

24 de outubro de 2024 - quinta

Exposição “Ser Livre é Arte” leva trabalhos desenvolvidos em unidades prisionais para a sede da OAB SP

Iniciativa da Comissão Especial de Política Criminal e Penitenciária proporciona oficinas artísticas à população privada de liberdade em São Paulo


De 21 a 25 de outubro, a sede da OAB SP (Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo) abriga a exposição “Ser Livre é Arte”, promovida pela Comissão de Política Criminal e Penitenciária (CPCP) da Secional paulista. Entre os trabalhos expostos no prédio da Rua Maria Paula estão textos, colagens, desenhos e pinturas desenvolvidas por homens e mulheres em situação de privação de liberdade no estado de São Paulo.

Desde 2013, a comissão realiza as oficinas culturais e educacionais a partir do projeto “Ser Livre é Arte”, com a proposta de transformar unidades prisionais em espaços de expressão, esperança e liberdade. De acordo com Fabiana Zanatta Viana, vice-presidente da Comissão, centenas de homens e mulheres em privação de liberdade já puderam explorar sua criatividade a partir do projeto. “Por meio da realização das oficinas culturais, a arte se torna um instrumento de reflexão e transformação social. Certamente a realização destas atividades colaboram para amenizar os efeitos negativos da prisionização e viabilizam um olhar mais amoroso e gentil para si próprio”, comentou ela, que também desenvolve oficina de reiki em uma unidade prisional feminina.

A exposição de parte do material produzido nessas oficinas conta histórias de resiliência e transformação a partir de desenhos, pinturas, colagens e textos. A coordenadora do Núcleo de Oficinas Culturais e Educação no Cárcere da Comissão, Daniele Postoiev Fogaça Terra, ressalta que a proposta é prestigiar a atividade artística das pessoas privadas de liberdade. “Compartilhamos com a sociedade as múltiplas atividades terapêuticas desenvolvidas com esse público e tentamos quebrar paradigmas de estigmas sociais negativos que são (re)produzidos diuturnamente”, comenta a advogada, que também desenvolve oficinas de mandalas em unidade prisional feminina.


pub

Mais Notícias




pub
pub