Fenalaw 2024

25 de outubro de 2024 - sexta

Uso da inteligência artificial no Direito é tema de painel na Fenalaw 2024

Professores e especialistas detalharam o assunto em discussão promovida no estande Jusbrasil




As rodadas de palestras e painéis da Fenalaw 2024 tiveram a Inteligência Artificial e suas implicações no Direito como grande atração. O tema não foi unanimidade, já que a edição do evento contou com muitas palestras (veja cobertura completa aqui no Jornal da Advocacia), mas esteve muito presente. E despertou bastante interesse entre as milhares de pessoas que passaram pelo Centro de Convenções Frei Caneca nesses três dias.

Nesta sexta-feira (25), o estande da Jusbrasil foi o palco de mais um concorrido painel, intitulado ‘Utilizando Inteligência Artificial Generativa para Pesquisa Jurídica’.


Solano de Camargo, presidente da Comissão de Privacidade, Proteção de Dados e IA da OAB SP, foi o mediador da conversa, mas abriu o painel dando uma verdadeira aula sobre inteligência artificial e suas diversas aplicações. Com o toque de humor que costuma ministrar em suas aulas e palestras, Solano mostrou como treinou uma IA especificamente para ajudar nas diversas tarefas profissionais que executa, incluindo a correção de provas de alunos.

“Fiz um prompt em que a IA interage com ferramentas da Microsoft, entra no processo para converter as provas manuscritas dos alunos em texto de Word e, a partir daí, a IA verifica se as respostas estão dentro dos parâmetros que passei para ela”, explicou. “Eu treinei a ferramenta para que ela tenha um texto muito semelhante ao meu próprio texto, e a partir daí é possível utilizar para muitas coisas”, acrescentou, antes de passar a palavra para Eli Candido Jr., coordenador dos cursos de tecnologia da Trybe.

Candido também deu uma miniaula sobre a história da inteligência artificial, contando a evolução da ferramenta desde meados da década de 1950 até os dias atuais. “Os estudos da área de computação foram evoluindo. Aprendizagem de máquina, machine learning e visão computacional já eram utilizadas para a predição de dados, diagnósticos de doenças, e na separação de spam de e-mail são usados recursos de IA”, explicou, corroborando a introdução de Solano, sobre a necessidade de treinamento da inteligência artificial antes da utilização da ferramenta.

Seguindo o raciocínio, Marina Marinho, legal expert manager do Jusbrasil, complementou: “Temos bilhões de documentos jurídicos sobre assuntos variados, escritos por pessoas variadas. Não teve nenhuma editoria, nenhuma curadoria para fazer o treinamento dessas ferramentas que a gente fala que são genéricas”, disse.

No final do painel, Solano ouviu as opiniões dos especialistas e concluiu: “a IA não vai acabar com a profissão de advogado e de advogada, mas aquele que a utilizar vai tirar o serviço daquele que não utilizar.”


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