A Ordem dos Advogados do Brasil Seção São Paulo (OAB SP) celebra, nesta quarta-feira (22), seus 93 anos de história. Em uma série de depoimentos, a Ordem paulista é reconhecida como um dos principais pilares da democracia brasileira. Personalidades destacam sua trajetória em defesa do Estado de Direito, da cidadania e das liberdades individuais.
Para Celso Campilongo, diretor da Faculdade de Direito da USP, é uma grande alegria para a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo comemorar o aniversário de 93 anos da entidade. O professor destaca ainda que a relação entre a OAB SP e o Largo de São Francisco vai além dos alunos inscritos. “A história em comum que a OAB SP e a Faculdade de Direito possuem em defesa do Estado de Direito, da Democracia e do papel essencial que exercem para a afirmação constante da cidadania em São Paulo e no Brasil.”, afirmou.
Oscar Vilhena, diretor da Faculdade de Direito da FGV-SP, destacou o papel da Ordem como um dos pilares da sociedade civil brasileira.
“A Ordem vai além, ela tem um trabalho cotidiano na implementação do Estado de Direito e na defesa da democracia, especialmente em relação a grupos vulneráveis submetidos a violações, discriminação racial e de gênero. A própria questão da violência policial tem sido um tópico recorrente na agenda da OAB SP. Tenho certeza de que, com a eleição de Leonardo Sica, a preocupação com a democracia e o fortalecimento do Estado de Direito se confirmarão”, afirmou Vilhena.
O ex-presidente da Secional, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira (1987-1991), destacou a dedicação da Ordem aos interesses coletivos e o orgulho que sente em ter sido presidente e fazer parte dessa história. “Eu tenho muito orgulho de ter sido presidente da OAB SP e de pertencer a essa comunidade, que se preocupa muito mais com os interesses sociais e os interesses dos advogados do que com ela mesma.”, pontuou, reforçando o papel da entidade como baluarte da democracia.
José Roberto Batochio, que presidiu a OAB SP entre 1991 e 1993 e o único paulista vivo a ter presidido o CFOAB, destacou a atuação da Ordem em momentos de tensão entre autoritarismo e liberdade. “A OAB foi o vetor decisivo na prevalência das ideias de liberdade e legalidade”, afirmou, classificando-a como mais que uma entidade de classe, mas uma instituição essencial para o país.
Zulaiê Cobra, primeira mulher eleita conselheira da Secional, relembrou sua trajetória pioneira e enalteceu a independência da instituição. “A OAB é símbolo de liberdade e justiça, defendendo o povo brasileiro como um todo”, disse. Zulaiê destacou ainda o papel da Ordem no debate político. “Além disso, é uma instituição suprapartidária, que está acima dos partidos. A OAB é símbolo de justiça para todos nós. O que a justiça não faz, a OAB faz”, destacou.
O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, também parabenizou a Ordem paulista pelos seus 93 anos, ressaltando a relevância do diálogo entre as duas instituições.
“É com imensa satisfação, como chefe do Poder Judiciário do estado de São Paulo, que cumprimento a Ordem dos Advogados do Brasil Secional São Paulo pelo seu aniversário de 93 anos. Essa entidade quase centenária, que luta pela manutenção da Constituição Federal e da cidadania, tem exercido um papel de relevante importância no cenário nacional. A OAB SP sempre se mostrou combativa, atuante e firme na defesa das prerrogativas e dos direitos dos seus mais de 450 mil advogados inscritos. Assim tem sido também uma parceria com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo na busca por uma prestação jurisdicional célere, eficiente e de qualidade. Eu cumprimento, em nome do presidente Dr. Leonardo Sica e de toda a sua diretoria, toda a advocacia do estado de São Paulo”, declarou.
Por fim, o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, prestou sua homenagem à Secional paulista. “Parabenizo a OAB SP por seus 93 anos de história e por sua atuação firme em defesa da advocacia e da democracia. Esta é uma data para celebrar o passado e reforçar o compromisso com as futuras gerações de advogados e advogadas”, afirmou.
*Matéria em atualização
